Pular para o conteúdo principal

Carreira: a arte de decidir


A cada novo dia nos deparamos com uma soma incontável de possibilidades para decidir sobre nossas diretrizes. Mas é cada vez mais difícil fazer escolhas convergentes com o que, realmente, queremos e com quem somos. As opções são exponenciais em contraponto a posições cada vez mais evasivas e distantes da realidade do eu.

Quanto mais difícil é o processo de escolha, mais procuramos preencher o tempo com novos aprendizados e incumbências sejam elas quais forem. A angústia de pensar em perder tempo e ficar defasado nos leva a não questionar o sentido de convergência e realização. Estamos ocupando as horas e seguindo o fluxo sem tempo para questionamentos. E isso é o que importa…

O tempo passou a ser artigo de luxo e justificativa para o abandono do senso de existir na verdadeira acepção da expressão. Quanto mais temos o que fazer, menos tempo temos de dar conta de nós mesmos. E assim ficamos isentos de fazer escolhas e decidir. Mas quanto menos pensamos nossas decisões, mais nos distanciamos de quem somos e do que queremos.

Pessoas e empresas recorrem a alternativas que ajudam a clarificar ideias e visualizar os limites recorrentemente mais confusos nas relações de trabalho. No processo de coaching, a premissa básica é definir um plano estratégico que possibilite a conquista de um objetivo específico. Mas, para um grande número de pessoas, responder sobre a legitimidade e a viabilidade desse objetivo é uma árdua tarefa.
Enquanto ocupamos nosso tempo para não perdermos (imaginariamente) o lugar na fila, mais nos distanciamos do que somos em essência. O que nos faz feliz? O que nos desconforta? E o que podemos fazer para mudar nossa atual configuração de vida? São perguntas simples que nos possibilitam decidir, com consciência, sobre qual caminho trilhar e entender o porquê de desempenhar ou não determinado papel. Simplesmente, saber disso nos faz mais tolerantes e confortados. Mais donos de nós mesmos…
O autoconhecimento é fundamental para desfrutar o máximo das próprias aptidões.

Se nossas vidas são frutos de nossas escolhas, por que terceirizar a responsabilidade de decidir sobre quem somos e o que queremos? Quando sabemos o que, realmente, faz sentido nas nossas vidas, os benefícios se potencializam e a recompensa de saber quem somos e o que queremos torna-se uma grande realização. Aqui, já não julgamos culpados. Escolhemos, por livre arbítrio, parceiros.
Precisamos nos conhecer em essência para, então, conquistarmos a confiança necessária que nos permitirá ressignificar nossas relações, potencializar alianças e encurtar a distância entre onde estamos e onde gostaríamos de estar. Entre quem somos hoje e quem gostaríamos de ser. Como cada um é um universo único, agora cabe personalizar o questionamento: Continuo sendo quem sou? Fico onde estou? Ou mudo tudo?

Essa é a transição mais significativa da nossa vida pessoal e profissional. Quando assumimos a responsabilidade pelos resultados advindos das nossas posições passamos,sa protagonista e não mais observador da própria existência. Tornamo-nos inteiros pelo fato de saber quem somos. Temos um norte, pois sabemos onde queremos estar. Tornam-se claros os objetivos.

É hora de elevar a consciência sobre nós mesmos e clarear objetivos e escolhas. Assumir as rédeas do autodesenvolvimento, construir o futuro e fazer valer o nosso querer. Decidir sozinho está difícil? Não se furte a pedir ajuda. Quando o desejo é autêntico, as alianças surgem como consequência. É preciso libertar-se das crenças e julgamentos que imobilizam e dispor-se à construção do novo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalho em equipe estimula a produtividade

Parece que fica sempre muito complicado vencer as resistências, que incluem desmotivação, falta de liderança, rotinas, desconfiança e sistematização de normas que restringem a criatividade. A c omunicação deficiente e ineficaz costuma ser o maior e mais forte dos impedimentos. Os estilos pessoais e modelos mentais diversos criam, algumas vezes, impedimentos para os bons resultados esperados pela equipe. Quando não acontece a boa comunicação, as potencialidades de cada um são empobrecidas. Com um olhar especial, essa diversidade pode ser o que garante à equipe uma visão mais rica e eficaz. É nessa diversidade que as equipes se enriquecem. Um bom líder sabe observar as diferenças e utilizar as visões para fortalecer o potencial do time. Ele utiliza cada parte em benefício do todo. Dentro de uma equipe, alguns gostam de ler, pesquisar; outros têm muitas ideias; outros preferem ir diretamente à ação; alguns planejam antes de agir enquanto outros se divertem com a experimentação. H...

Somos a geração da exaustão: A tecnologia faz ou não trabalharmos mais?

Vivemos em uma era de avanços tecnológicos sem precedentes, onde a conectividade é onipresente. A tecnologia trouxe inúmeras facilidades e oportunidades, mas também trouxe consigo desafios significativos para a saúde mental e a qualidade de vida. O crescente uso de telas e a pressão para estar constantemente conectado têm contribuído para o surgimento de uma nova forma de esgotamento: o burnout digital. A terapeuta, gestora de carreira e CEO, Madalena Feliciano, comenta que a tecnologia, por um lado, prometeu simplificar nossas vidas e aumentar nossa produtividade. No entanto, paradoxalmente, muitos de nós nos encontramos trabalhando mais horas e enfrentando uma sobrecarga constante de informações. A linha entre trabalho e vida pessoal tornou-se cada vez mais tênue, com e-mails, mensagens e notificações invadindo nossa privacidade e tempo de descanso. O resultado desse estilo de vida superconectado é uma exaustão crônica, tanto física quanto mental. A pressão para responder instantane...

Fuja das gafes no trabalho. Confira as dicas!

Comentários na hora errada, confundir o nome das pessoas… Todos já passaram por isso, mas como evitar que as gafes se repitam no ambiente de trabalho? A partir de o momento em que as pessoas vivem em sociedade e trabalham em uma empresa rodeada de outros profissionais, elas já estão predispostas a cometer “gafes/micos” ou a serem colocadas em “saias justas”, por culpa de si mesmas ou dos colegas. Porém, para não deixar que essas pequenas questões do cotidiano atrapalhem na carreira profissional, é preciso saber tirar de letra algumas atitudes. O primeiro passo para evitar as possíveis gafes é observar o ambiente de trabalho. Um dos principais motivos para que a pessoa cometa uma gafe é não prestar atenção a sua volta. Quando ela começa a perceber as coisas a sua volta começa a pensar mais antes de falar, assim como antes de tomar quaisquer atitudes. Outro ponto importante para evitar gafes é conhecer a cultura da empresa a qual trabalha – isso significa saber o tipo adequado de roupa p...