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Gestão de Mudança: O desafio de adaptar-se ao novo


Gerenciar mudanças é hoje um dos maiores desafios que todos temos de enfrentar. Às vezes as mudanças que surgem são tão grandes que nos deixam sem norte, desorientados. Fusões, aquisições, mudanças de gestão, estratégicas, sistêmicas, tecnológicas, científicas e comportamentais. Uma avalanche contínua de novas vertentes que dificulta o posicionamento entre o que é e o que deverá ser. E em meio a essas indefinições, muitas vezes não conseguimos identificar o que queremos em convergência com o que, em essência, nos tornamos.

As trajetórias profissionais oferecem caminhos tão sinuosos que nos levam a reavaliar repetidas vezes a legitimidade e viabilidade dos nossos propósitos para chegarmos a um denominador comum. Agora, como mudar se na maioria das vezes nem ao menos conseguimos visualizar o que deve ser repaginado? Por isso muitas vezes nos sentimos desconfortados, estressados, desestimulados e sem a energia que responde pela determinação que nos mobiliza. Já não é possível identificar o que acontece e, então, é necessário parar e reavaliar nossas configurações pessoais e profissionais. 

Muitas vezes a dificuldade de identificar e lidar com a causa real do desconforto, nos leva a terceirizar o problema e vitimar pessoas ao nosso entorno. Quando não sabemos lidar com as questões em solo próprio, transferimos a responsabilidade e nos tornamos observadores e não mais protagonistas da nossa própria vida. E é aqui que nos distanciamos da posição mestra da primeira pessoa e nos tornamos reféns de tudo o que construímos e permitimos enquanto próprio projeto de vida.

É essencial entender que se uma carreira ou mesmo uma relação termina, em geral, é porque não mais condiz com nossas necessidades e disposições. Quando não mais existem “trocas justas” nas relações de trabalho é porque já cumpriram sua função e devem ser superadas. E nesse processo é preciso ter discernimento para perceber o ponto de não retorno para, então, darmos a nós mesmos e a outra parte uma saída honrosa onde ambos possam evitar desgastes e evoluir em novas direções.

Mudança é um fato inexorável. Ou mudamos ou algo acontece e nos faz mudar. Somos chamados constantemente a nos desapegar do velho e nos liberar para o novo. E entre o velho e o novo é que nos deparamos com o vazio da incompreensão. E é nesse intervalo que nos sentimos sem rumo. Mas quando não resistimos ao novo constatamos que as mudanças muitas vezes oferecem excelentes oportunidades de evolução. 

É exatamente nesse gap que começamos a definir as nuances da nova jornada. Quando compreendemos o porquê de algo terminar, percebemos que algumas situações não fazem mais sentido, justamente, por não mais representarem o reflexo de quem somos e de quem queremos nos tornar. E assim nos dispomos a criar algo que melhor defina nossa atual expressão. 

Quando conseguimos vislumbrar o colorido de uma nova vida, os sonhos começam a reconstruir-se permitindo-nos aceitar que é o momento de resgatar as rédeas da nossa vida para construir um novo capítulo através de um reinício e uma nova visão de futuro. 

Se não tivermos certeza de onde ir e se os ventos sopram, mas o futuro ainda está incerto, um modo de nos posicionarmos melhor para usufruir das novas etapas é considerar a orientação de profissionais experientes, os quais ajudem no desenvolvimento dos processos de autopercepção, autogestão e elaboração de estratégias que possibilitem a conquista dos novos objetivos.  

Assim como mudar é inexorável, aceitar e expandir novas possibilidades faz parte da vida. É o processo de evolução contínua reeditando o curso das nossas estórias. Cabe a nós aceitar e agir ou resistir e vitimar-se. Respondemos pela ratificação do nosso presente e construção do nosso futuro. A decisão é e sempre será nossa.

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