A
partir de o momento em que uma pessoa vive em sociedade e trabalha em uma
empresa que comporta mais pessoas – independente da quantidade de profissionais
– ela está predisposta a ter que lidar com possíveis problemas e questões
chatas que o emprego e a rotina oferecem. Mas esse não é o fim do mundo.
Segundo
Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers, é comum
se deparar com pessoas que passem por esses momentos e deixem que eles o
abalem, tanto na vida pessoal e profissional, e esse é o maior erro possível.
“Todos passam por problemas no trabalho, desde a fofoca dos colegas, a
desmotivação, a falta de estrutura da empresa, as possíveis crises, etc. Porém,
para superá-las e não deixar com que elas tirem a harmonia de sua vida, é
preciso tomar algumas atitudes: e a primeira delas é identificar os problemas”,
diz a especialista.
Quando o
problema é o cansaço ou o estresse, a sugestão de Madalena é o diálogo. “É
comum nos depararmos com profissionais exaustos, que acumulam cada vez mais
funções e, por causa disso, ficam mais estressados e vulneráveis
emocionalmente. Quando for esse o seu caso, converse de forma sutil com o seu
chefe e exponha a sua situação”, comenta a coach.
Uma boa
forma para fazer com que essa conversa funcione é o profissional apresentar
argumentos para o seu chefe. “Faça uma lista com as suas tarefas nos períodos
antes e depois desse acúmulo, deixando claro o aumento de trabalho. Você deve
mostrar ao seu superior que a sua intenção é manter a qualidade das suas
funções, e que isso pode levar um pouco mais de tempo para ser feito. Além
disso, a lista também é uma forma de você mesmo controlar e analisar o seu
trabalho: você realmente está trabalhando demais ou está apenas desmotivado? –
se a opção correta for a segunda, as atitudes a serem tomadas podem ser diferentes”,
diz Madalena.
É difícil
encontrar pessoas que estejam motivadas todos os dias, por isso, se o motivo do
seu menor rendimento for o estresse, é preciso pesar na balança se o emprego
lhe faz bem. “Motivação e estresse são sentimentos normais para sentir de vez
em quando, mas, a partir de o momento em que você tem esse tipo de sensação no
seu dia-a-dia, fique alerta: algo está errado”, ressalta Madalena.
Tanto o
profissional quanto a empresa saem perdendo quando falta motivação: o resultado
de um profissional desmotivado é algo perceptível aos olhos da chefia, -
afinal, eles o contrataram e o querem lutando pelos ideais da empresa. “Pondere
com cuidado a sua situação: os problemas são os valores impostos pela empresa
(que não combinam em nada com os seus) ou é apenas uma má fase? Se a primeira
opção for a correta, é preciso repensar se esse realmente é um emprego para
você – e se vale a pena você ir contra seus valores pessoais por um emprego.
Agora, se a opção que mais tem a ver contigo for a segunda, quem sabe valha a
pena dar mais uma chance ao emprego. Todos passam por fases complicadas”,
conclui Madalena.
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