Tudo indica que, ao completar 50 anos, as pessoas chegam apenas à metade de suas vidas
A especialista em gestão de carreira, desenvolvimento humano e CEO Madalena Feliciano indaga, quem nunca ouvir dizer que não vê a hora de se aposentar?
Pois bem, esse pensamento faz parte do imaginário coletivo de que, ao atingir certa idade, a pessoa já se encaminha para o fim da vida, de forma que não há mais como contribuir com a sociedade.
A realidade atual não poderia ser mais diferente. Com o aumento da longevidade, tudo indica que, ao completar 50 anos, as pessoas chegam apenas à metade de suas vidas -- pessoais e profissionais.
Estima-se que mais da metade da população da força de trabalho do país é formada por pessoas com 45 anos ou mais. Geração chama de sanduíche aquela que se sente responsável pelo bem-estar e segurança dos filhos e ainda convive com os pais -- muitas vezes, também sendo responsáveis por eles.
Para muitos profissionais acima dos 50 anos, o momento é de reinvenção. Neste momento a decisão é tão importante quanto e pode gerar uma dor emocional impactante, pela falta de perspectiva na escolha do que fazer. È importante se planejar para evitar surpresas capazes de causar depressão, reclusão e fracasso.
De acordo com Madalena, a vida seria melhor vista como ciclos e não como uma linha reta e contínua.
A CEO Madalena Feliciano afirma que não passa de 3% os trabalhadores acima dos 50 anos que estão em trabalhando, e 80 % estão desempregados, destes sofrerão preconceito devido a idade nos processos seletivos. Nesta fase, a criatividade, vigor físico e a capacidade intelectual, ainda estão em plena forma.
Muitos destes profissionais com mais de 50 anos, passaram a se reinventar, criando projetos e até mesmo oportunidade despois de uma dor, passaram a empreender. Passam por dificuldades, pois investidores e outras pessoas não confiam devido a idade. Sendo que isso, ajuda muito e a experiência, vivencia e etc., contribui na hora de tomada de decisões.
As ideias podem ter diversos caminhos, mas a realização em forma de negócio é possível, com organização e determinação, a experiência que se adquiriu nas suas atividades profissionais anteriores pode ser aproveitada, há a opção também de criação de uma empresa de treinamento ou de consultoria. Orienta Madalena.
Diante essa realidade, pouco a pouco o mercado de trabalho está se adaptando e já surgem as primeiras iniciativas para contratação de pessoas acima de determinada idade. Algumas empresas já começaram a recapacitar profissionais acima de 50 anos de dentro e de fora da organização, visando atualizar seus conhecimentos sobre as demandas futuras.
A CEO revela que muitas empresas acreditam que profissionais mais velhos não se adaptam bem às novas tecnologias, sabia que a idade média dos fundadores das startups de sucesso é de 45 anos.
Antes de promover ações de recrutamento específicas a esse público, ou processos de avaliação às cegas, as organizações devem investir em ações de avaliação das políticas de diversidade da companhia e ações de conscientização interna como: palestras de sensibilização, debates sobre preconceito etário, longevidade, diversidade e inclusão.
Para que a cultura organizacional esteja realmente alinhada ao tema de diversidade, é fundamental que se pense também na inclusão. Isso significa promover a integração e oportunidades iguais às oferecidas a outros perfis de colaboradores na organização para os profissionais acima de 50 anos.
Estamos mudando tudo muito rápido, comportamento, gostos, costumes, escolhas de consumo, ferramentas de trabalho, formas de se relacionar. O apego à ideia de que já se sabe o bastante é um convite certo para a estagnação de qualquer carreira, independentemente da idade.
“Mantenha-se em aprendizado constante, busque conhecer as ferramentas digitais utilizadas atualmente na sua área de atuação, ou de interesse, e invista em network com profissionais de diferentes idades para permanecer atualizado, tanto sobre as tendências, como sobre as oportunidades de trabalho do seu setor.” Finaliza Madalena Feliciano.
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