A idade cronológica já não determina comportamento e papel social. A geração ageless, pessoas da terceira idade, são aqueles que se mantém produtivos, atualizados e joviais.
As expectativas sociais da idade estão se dissolvendo, junto as restrições de comportamento “apropriado para a idade”.
Segundo a gestora de carreiras, especialista em desenvolvimento humano e CEO Madalena Feliciano a geração da melhor idade está intimamente ligada aos avanços da ciência, da medicina, das conquistas sociais, da melhoria da qualidade de vida e principalmente ao mercado de trabalho.
“Ageless é um termo que vem sendo usado para se referir às pessoas com 50 anos ou mais, mas que não se definem a partir da idade que têm ou não se prendem aos comportamentos padrões das suas gerações. Em uma tradução literal, ageless significa sem idade. O que não significa negá-la, mas sim, ter consciência de que o suposto peso da idade pode ser aliviado ao longo da caminhada da vida.” explica Madalena Feliciano.
A intenção é reforçar a ideia de que não existe mais sentido em falar que “é necessário frear a passagem do tempo ou reverter o ponteiro do relógio, e sim se sentir bem em qualquer idade.
A geração ageless mantém, física e emocionalmente, a energia e disposição dos ‘20-30 anos’ mesmo em corpos de ‘50-60-70’ anos…’, a partir do aprendizado de como melhor lidar com as mudanças da passagem do tempo.
Vantagens de contratar profissionais na terceira idade
No Brasil, os idosos representam 12% de toda a população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa é que até 2050 esse número cresça para 22%. Diante desses dados, as organizações podem obter diversas vantagens ao apostar na reinserção da terceira idade no mercado de trabalho.
Indo na contramão do preconceito, muitas empresas têm demonstrado valorização dos profissionais na terceira idade. Muitas vezes eles trabalharam por anos em determinadas áreas, o que os torna extremamente experientes.
Outra característica a se considerar é a experiência de vida e um perfil comportamental maduro, que a terceira idade possui, por ter vivenciado diversas situações em sua jornada profissional.
Essas experiências podem agregar muito valor para as equipes, projetos e até no atendimento a clientes.
Outro ponto marcante além disso de pessoas na terceira idade é o seu comprometimento, dedicação e o fato de valorizem muito seus empregos. Essas são características muito fortes na geração baby boomer (nascidos entre 1945 e 1960).
Os ageless são bons influenciadores. Essa facilidade vem do fato de observarem atentamente as tendências geracionais e adquirirem o que desejam delas. Sendo assim, esse grupo compreende as pessoas de diversas gerações e vivem um pouco do que elas vivem.
“Ao dar conselhos e orientações, tendem a ser mais empáticos, gerando no ouvinte um sentimento de gratidão. Outro traço comportamental é a vocação para mudanças na forma como trabalham, no estilo de vida e nas experiências da carreira.” comenta a especialista Madalena.
No contexto social, a terceira idade possui amigos de todas as idades, são fiéis a marcas que oferecem sustentabilidade, praticidade e possuem uma mentalidade inclusiva. Já no ambiente empresarial, eles fogem dos modelos tradicionais de trabalho e se agarram às práticas disruptivas e flexíveis.
A cultura da diversidade nunca esteve tão em alta no mundo corporativo. Hoje, as empresas entendem que um time plural e inclusivo é a chave para processos inovadores e práticas de excelência. Sendo assim, é importante que as organizações tenham em suas equipes interna profissionais da “melhor idade”.
Madalena Feliciano também ressalta que ao se relacionarem com outros colaboradores, os eles criam um espírito de parceria, troca de experiências e afetividade. Sem dúvidas, eles contribuem muito para a melhoria do clima organizacional e a disseminação da cultura da aprendizagem.
“Como é bom saber que existem pessoas que não se conformam com rótulos e moldes. Afinal, não tem como rotular a raça humana, pois somos diferentes em personalidade, habilidades e histórico de vida. É essa diversidade que torna a nossa sociedade tão interessante.” finaliza Madalena Feliciano.
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