Embora legal, a demissão pelo WhatsApp é recomendável?
Essa prática pode não ser a ideal. Entenda:
O século XXI trouxe muitas mudanças tecnológicas. Celulares, computadores em geral, internet… todas essas facilidades mudaram o nosso meio social.
Com a pandemia do coronavírus, então, essas transformações se intensificaram ainda mais, de modo que, com o isolamento social, todas as áreas sofreram algum impacto, bem como o mercado de trabalho.
Visto que milhares de pessoas pelo mundo todo estão empregadas na modalidade remota, as relações entre funcionário e chefe foram bastante afetadas.
“A tecnologia já ocupava um lugar bastante grande no mercado de trabalho; mas, com a pandemia, isso ficou ainda mais forte, a ponto de chegar nos momentos de demissão”, afirma a gestora de carreira e especialista em RH, Madalena Feliciano.
Demissão pelo WhatsApp é recomendável?
Atualmente, foi divulgado pelas mídias em geral, a notícia de que agora, a partir de meados de 2021, as demissões feitas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, serão aceitas legalmente.
Isso porque, com a difusão desse meio de comunicação e os trabalhadores em formato remoto, as empresas passaram a utilizar mais essa ferramenta e, assim, os relacionamentos e questões firmadas por lá também são utilizadas em processos e outros cenários jurídicos.
O desligamento pode ser feito pelo WhatsApp?
Apesar de legal, entretanto, essa prática pode não ser muito indicada
“O processo de desligamento da empresa é sempre muito delicado”, afirma a profissional. Por isso, é importante levar em conta, além dos negócios, a humanidade de cada funcionário.
“Demitir pelo WhatsApp, embora legal, pode não ser recomendável. Afinal, é dispensado, nesse modo, uma conversa franca e sincera que deve ocorrer nesses casos”, explica Madalena.
Qual a diferença com o modelo tradicional?
Ao passo que no modelo presencial haveria uma conversa reservada e explicativa sobre o motivo da decisão de desligamento da empresa, pelo WhatsApp são desconsiderados qualquer desejo e vontade do empregado. “Isso promove a ideia de desvalorização do funcionário”, alerta.
Na pandemia
Isolados e ainda preocupados com os avanços do coronavírus, a saúde de todos deve estar em primeiro lugar.
Por isso, ao invés de uma conversa presencial ou ainda pelo WhatsApp, “é recomendável uma demissão por videoconferência”, soluciona, Madalena. Uma reunião online, embora menos pessoal do que uma presencial, pode ser bastante resolutiva para ambas as partes.
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