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Prós e contras das vídeochamadas

 No momento atual, os olhos do mundo estão virados para a pandemia. Assim, a maior parte da população está em casa para evitar a propagação do vírus, muitos perderam seus empregos e famílias estão ficando sem fonte de renda. A única opção para manter as atividades em dia é o home office e a comunicação por meio das telas.


Existem os dois lados da moeda

Basta uma conexão de Internet e o aparelho para tornar praticamente tudo acessível novamente. Então, tanto empresas como trabalhadores estão em adaptação. “Para os serviços não essenciais, recrutadores estão procurando indivíduos com aptidão em atuar do lar, ou seja, com bastante disciplina. Afinal, não é algo tão fácil de se confiar”, explica a CEO do Outliers Careers e IPCoaching, Madalena Feliciano.

Contudo, para se relacionar em uma situação de quarentena, as únicas opções são por meio de mensagens de texto, ligações ou videochamadas. Inclusive, para entrevistas. Todavia, essas conferências on-line em excesso podem causar efeitos dramáticos.

De acordo com estudo feito pela Microsoft, muitas reuniões em sequência causam fadiga mental. A pesquisa foi realizada pelo Laboratório de Fatores Humanos da corporação, analisando as ondas cerebrais de 14 participantes. Os voluntários, todos funcionários da Microsoft, usaram equipamentos de eletroencefalograma para monitorar a atividade elétrica do cérebro enquanto participavam de videoconferências de trabalho. Os pesquisadores observaram, então, as ondas beta ligadas ao estresse.

Assim, no caso de muitas chamadas em sequência e sem pausas, elas aumentavam ao longo do tempo e o esgotamento se acumulava. Já nas intervaladas, com espaço de dez minutos para descanso, o nível se mantinha estável. Logo, fica clara a necessidade de pausas e de uma agenda bem estruturada, sem excessos, para promover a qualidade de vida dos colaboradores e, consequentemente, garantir a produtividade.
Alguns “macetes” podem te ajudar

Nesse sentido, a especialista em processos empresariais, Andreza Silva, de Itajubá (MG), listou algumas dicas simples e eficientes para ajudar nesse caminho. Veja:

Marcar apenas as reuniões necessárias - “aquelas realmente essenciais ou relacionadas ao acompanhamento de métricas e ajuste de planos, por exemplo”, avalia.

Adotar o estilo ágil - “fazer encontros focados com os profissionais chave para apresentar indicadores e estipular planos de ação. Em caso de reuniões presenciais, uma dica prática é fazê-la com todos os participantes em pé, de frente para um quadro de gestão, fazendo um esforço para não passar de quinze minutos”, expõe a especialista.

Não sobrecarregar os contratados de atividades - “apesar de estar operando remotamente a companhia não precisa enchê-lo de compromissos virtuais além das suas funções. Por isso, analise se o encontro é de fato essencial ou se um e-mail focado já não resolve a situação”, finaliza Andreza.

Aprenda a lidar com a câmera - “ao falar, não encare a tela para se olhar, é como se estivesse falando com um espelho e não com outra pessoa. Mire na câmera, assim quem está do outro lado verá você olhando para ele”, ressalta Madalena.

A aparência ainda é fundamental - apesar de estar na sua residência, procure se vestir de acordo com o trabalho. Isso aumenta o engajamento e a motivação ajudando também nas suas entregas e no rendimento.

Portanto, “a Internet, agora, é a melhor forma para estar em contato com o mundo. Logo, podemos e devemos nos aprimorar para não sairmos prejudicados”, completa a CEO da Outliers Careers.

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