Demanda uma gasto de energia enorme lidar
com pessoas que se acham a última bolacha do pacote e que, na maior parte das
situações, não estão nem aí para os outros. Há casos em que egoístas ou
egocêntricos não agem assim por maldade, e sim porque, por algum motivo prévio,
aprenderam a se defender dessa forma e compensar inseguranças. No entanto, o
convívio com gente desse naipe pode se tornar infernal. Como você não muda
ninguém a não ser você mesma, o jeito é aplicar algumas práticas no dia a dia,
que podem suavizar um pouco dessa má energia. Veja algumas ideias:
Aceite as limitações dessas pessoas
Dependendo das circunstâncias (como
precisar muuuito do emprego, por exemplo), aceite, que dói menos. Não espere
muito desses colegas nem peça apoio. A insistência numa aproximação pode trazer
mais frustração, levando esse sentimento a interferir no seu trabalho e até na
sua autoestima.
Evite jogos mentais
Muitos ególatras adoram joguinhos que
forçam o outro a ficar constantemente na defensiva. A melhor maneira de lidar
com essa praga é reconhecê-los, e identificar que eles servem apenas para
irritar. Outra característica de narcisistas, donos da verdade e egoístas, é a
crença absoluta de que não há nada de errado na forma como agem. Isso significa
que precisam culpar os outros por quaisquer falhas e que, em algum momento, a
tal culpa cairá sobre os seus ombros.
Estabeleça limites
É comum tentarem te colocar para baixo para
que eles fiquem em evidência ou fazer comentários sobre suas falhas bem na hora
em que o chefe está passando pela sala. Sorria, questione e, se possível,
demonstre entendimento do assunto tratado.
Una forças
Tente melhorar o relacionamento conturbado
chamando o colega para participar de algum projeto. Afinal, mesmo com uma
personalidade problemática, se ele tiver capacidade profissional é possível que
o resultado da parceria dê - e você ainda pode conquistar alguma admiração.
Empatia e compaixão: hum, talvez
Uma dica comum entre consultores de
carreira para lidar com esse tipo é se colocar no lugar dele e tentar entender
as coisas a partir de sua perspectiva. Nem sempre a tática dá certo. Às vezes,
a generosidade em excesso faz com que o outro seja ainda mais egocêntrico,
querendo assim que tudo seja feito do seu jeito. E o que narcisistas mais
desejam é encontrar alguém de bom coração que faça suas vontades. Portanto, dose
a tal da empatia.
Entenda que todo comportamento pode ser
útil conforme o contexto
Em outras palavras, provavelmente os
arrogantes não são assim o tempo todo. Pode apostar que em outros ambientes e
situações eles se comportam mais humildemente. Experimente, em uma conversa,
perguntar sobre outros lugares e como eles agem.
Não os poupe das frustrações diárias
Como, por exemplo, de serem contrariados em
uma simples divergência de opiniões. Metidos a sabe-tudo possuem um limiar de
frustração baixo, então, tudo o que for concedido de forma a evitar essas
"decepções" só contribuirá para o comportamento tóxico.
Demonstre confiança
Às vezes, os sabichões têm comportamentos
exagerados e isso pode indicar insegurança ou medo de rejeição. Solução:
procure mostrar que você confia neles (desde que seja sincero, ok?) Isso pode
gerar respeito e uma relação com maior igualdade.
Seja "fofa" ao apresentar
críticas construtivas
Esses tipos raramente aceitam críticas.
Eles as encaram como inveja ou implicância e provavelmente irão desvalorizar
sua opinião. O ideal é se expressar com uma perspectiva diferente, fazendo-os
acreditar que ainda estão em vantagem.
Melhore sua concentração
Não seja a plateia que tanto seus
coleguinhas chatos precisam. Ajude a melhorar o clima do escritório, tirando
seu foco dessas pessoas e investindo energias em fazer um bom trabalho.
Dê valor a quem tem valor
Se, apesar de malas, esses caras são bons
em certas tarefas, elogie. Todo mundo gosta de feedback positivo, e os perfis
vaidosos, ainda mais. Se ela ou ele tem valor, valorize.
Tente manter o bom humor
Em alguns casos, é melhor ser feliz do que
ter razão. Então, escolha o caminho da paz. Para uma boa convivência, seja
animada e deixe os malas para lá. Se isso não for mudar sua vida, para que
estressar?
Fontes: Alexandre Bortoletto, psicólogo,
Trainer e Master Pratictioner na SBPNL (Sociedade Brasileira de Programação
Neurolinguística); Erika Guarnieri, master coach de autoestima e autora do
curso "Poder da Autorresponsabilidade"; Leyla Nascimento, presidente
da Federação Mundial da RH (World Federation of People Management Associations
- WFPMA) e CEO do Grupo Capacitare, com sede no Rio de Janeiro (RJ); Madalena
Feliciano, diretora de projetos da projetos da Outliers Careers, de São Paulo
(SP), e presidente do IPC (Instituto Profissional de Coaching); Monica Esteves,
diretora de comunicação da ABRH-RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos
do Rio de Janeiro), e Silvia Donati, coach pessoal e profissional de São Paulo
(SP).
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