Pular para o conteúdo principal

A síndrome de Burnout, prejuízo para empresa e um trauma para os colaboradores



Entenda como funciona essa Síndrome, muito comum entre trabalhadores



Ter um empreendimento bem sucedido requer dedicação, flexibilidade e muita atenção para liderar não só em negócios, mas também a saúde e o bem estar dos colaboradores. É interessante analisar que os colaboradores estão para as organizações como a alma está para as pessoas. Sendo assim, sem colaboradores saudáveis as organizações também adoecem. É muito comum ver colaboradores realizando atividades profissionais fora do horário ou simplesmente fazendo horas extras diariamente, levando trabalho para finalizar em casa, trabalhando longas jornadas e deixando de ter um tempo investido na vida pessoal, em seu próprio lazer ou com família, hábitos fundamentais para se ter qualidade de vida.
Um indivíduo que não investe em qualidade de vida e trabalha exaustivamente pode pagar um preço muito caro tanto físico quanto emocionalmente podendo desenvolver a famosa Síndrome de Burnout, ou esgotamento profissional. Essa síndrome se trata de uma sincronia de patologias psíquicas, de caráter depressivo, causado pelo cansaço mental, emocional e físico, devido ao excesso de trabalho.
Segundo Madalena Feliciano, gestora de carreira e hipnóloga, o envolvimento praticamente ininterrupto da pessoa com a área profissional afeta diretamente o seu psicológico, que através do stress pode desenvolver outras patologias mais graves. É importante analisar os presentes hábitos em sua rotina e comportamento já que Síndrome de Burnout pode ser confundida como cansaço ou estresse. Algumas características podem ajudar a identificá-la, dentre elas a frequente combinação de más e boas escolhas, dificuldade em lidar com as emoções, trabalho excessivo, pouco lazer, dificuldade em falar de problemas e sofrimentos, pouca tolerância à frustração, entre outras.
A especialista diz que o indivíduo afetado por essa síndrome passa a agir de forma mais agressiva, fica mais mal-humorado e anti-social. “Nas relações de trabalho, esse profissional irá tentar impor sua superioridade até na realização das tarefas mais simples e por vezes prefere trabalhar sozinho, pois acredita que somente ele consegue fazer a atividade, isolando-se. O trabalho acaba ocupando um espaço tão grande na vida desse indivíduo que dependendo de quão intenso a síndrome esteja, o sujeito pode desenvolver uma angústia profunda ou até uma depressão crônica, o que pode gerar uma grande perda do desejo de realizar suas atividades.”, afirma ela. Outros fatores podem também aumentar o risco de desenvolver a Síndrome de Burnout como históricos de doenças mentais na família, uso de drogas ou álcool, pouco convívio social, sedentarismo, excesso de trabalho e pressão. “Essa síndrome pode levar o individuo desenvolver uma compulsão ao álcool ou outras drogas como forma de refúgio”, alerta a master coach.
Madalena diz que os prejuízos psicológicos e físicos causado por essa síndrome afetam diretamente o colaborador, podendo causar fortes dores de cabeça e/ou estomacais, calafrios, falta de ar, desconcentração, insônias, tonturas, ataques de ansiedade e até depressão. “Esses picos de alterações são a forma do corpo de mostrar à pessoa que ela está atingindo um limite. A síndrome em si surge aos poucos e os impactos variam de acordo com cada um, por isso, é importante parar e se atentar se esses sintomas estão se tornando constantes”, diz.
Nesses casos, um acompanhamento profissional é uma opção de tratar e até mesmo prevenir a síndrome do esgotamento profissional. “É preciso trabalhar o autoconhecimento deste indivíduo e entender o que tem por trás de toda essa compulsão de trabalhar. Amar o que faz é definitivamente importante para o sucesso na profissão, porém se torna um problema quando a pessoa substitui frequentemente momentos de lazer e descontração para poder trabalhar mais. Isso geralmente tem relação com acontecimentos do passado, em que o coaching pode ajudar o sujeito à re-significar tais acontecimentos, para melhorar a qualidade de vida dessa pessoa, de uma forma geral”
“Algumas sugestões para ajudar a prevenir essa síndrome: atividade física, lazer, separar um tempo para fazer algo que o individuo goste, cuidar da sua saúde psíquica e física e sem dúvidas o acompanhamento profissional.”, conclui Madalena.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalho em equipe estimula a produtividade

Parece que fica sempre muito complicado vencer as resistências, que incluem desmotivação, falta de liderança, rotinas, desconfiança e sistematização de normas que restringem a criatividade. A c omunicação deficiente e ineficaz costuma ser o maior e mais forte dos impedimentos. Os estilos pessoais e modelos mentais diversos criam, algumas vezes, impedimentos para os bons resultados esperados pela equipe. Quando não acontece a boa comunicação, as potencialidades de cada um são empobrecidas. Com um olhar especial, essa diversidade pode ser o que garante à equipe uma visão mais rica e eficaz. É nessa diversidade que as equipes se enriquecem. Um bom líder sabe observar as diferenças e utilizar as visões para fortalecer o potencial do time. Ele utiliza cada parte em benefício do todo. Dentro de uma equipe, alguns gostam de ler, pesquisar; outros têm muitas ideias; outros preferem ir diretamente à ação; alguns planejam antes de agir enquanto outros se divertem com a experimentação. H...

Somos a geração da exaustão: A tecnologia faz ou não trabalharmos mais?

Vivemos em uma era de avanços tecnológicos sem precedentes, onde a conectividade é onipresente. A tecnologia trouxe inúmeras facilidades e oportunidades, mas também trouxe consigo desafios significativos para a saúde mental e a qualidade de vida. O crescente uso de telas e a pressão para estar constantemente conectado têm contribuído para o surgimento de uma nova forma de esgotamento: o burnout digital. A terapeuta, gestora de carreira e CEO, Madalena Feliciano, comenta que a tecnologia, por um lado, prometeu simplificar nossas vidas e aumentar nossa produtividade. No entanto, paradoxalmente, muitos de nós nos encontramos trabalhando mais horas e enfrentando uma sobrecarga constante de informações. A linha entre trabalho e vida pessoal tornou-se cada vez mais tênue, com e-mails, mensagens e notificações invadindo nossa privacidade e tempo de descanso. O resultado desse estilo de vida superconectado é uma exaustão crônica, tanto física quanto mental. A pressão para responder instantane...

Fuja das gafes no trabalho. Confira as dicas!

Comentários na hora errada, confundir o nome das pessoas… Todos já passaram por isso, mas como evitar que as gafes se repitam no ambiente de trabalho? A partir de o momento em que as pessoas vivem em sociedade e trabalham em uma empresa rodeada de outros profissionais, elas já estão predispostas a cometer “gafes/micos” ou a serem colocadas em “saias justas”, por culpa de si mesmas ou dos colegas. Porém, para não deixar que essas pequenas questões do cotidiano atrapalhem na carreira profissional, é preciso saber tirar de letra algumas atitudes. O primeiro passo para evitar as possíveis gafes é observar o ambiente de trabalho. Um dos principais motivos para que a pessoa cometa uma gafe é não prestar atenção a sua volta. Quando ela começa a perceber as coisas a sua volta começa a pensar mais antes de falar, assim como antes de tomar quaisquer atitudes. Outro ponto importante para evitar gafes é conhecer a cultura da empresa a qual trabalha – isso significa saber o tipo adequado de roupa p...