A especialista em desenvolvimento humano e CEO, Madalena Feliciano, comenta a Incidência de afastamentos por transtornos mentais que cresceu 30% de 2020 á 2022, de acordo com plataformas de saúde.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) observou, uma alta nos transtornos psiquiátricos como: depressão, síndrome do pânico, estresse pós traumático, ansiedade, síndrome de Burnout e síndrome de borderline. Todas as pessoas possuem um limite físico e emocional que deve ser respeitado, algo presente em preceitos psicológicos e médicos, mas que também deve ser levado em consideração no ambiente de trabalho.
O aumento de atestados médicos teve mais incidência em empresas de atividades administrativas, Call Centers, hospitais e escolas. Os trabalhos mais estressantes envolvem bombeiros, militares, policiais, jornalistas, altos executivos, médicos, enfermeiros que trabalham em UTI e emergências, economistas, professores, operadores de telemarketing e Motoristas. Os sintomas surgem decorrente a rotina de trabalho, ambiente ou algo ligado ao trabalho, sentindo crises de ansiedade e pânico quando tem que sair para ir ao trabalho, ou se fala do chefe, afirma a CEO Madalena Feliciano.
Os principais sintomas são: Cansaço excessivo – físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite e no sono, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança e negatividade constante são possíveis sintomas de adoecimento, crises de choro, agressividade, palpitações, tremores, retraimento nas relações interpessoais, vitimizações e registros de ausências frequentes.
As causas são: exaustão extrema, que resulta do acúmulo excessivo em situações de trabalho emocionalmente exigentes e principalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Cobranças excessivas, sentimento de desgaste, falta de reconhecimento, acúmulo de funções, metas inatingíveis, falta de recursos para executar atividades, tudo isso pode levar um indivíduo a desenvolver ou intensificar doenças mentais. De acordo com Madalena, 95% dos sujeitos vitimizados em ações ocupacionais do trabalho não se expressam, ou seja, não compartilham o que sentem, sob o risco de serem demitidos.
As possibilidades de tratamento são inúmeras. Desde as ações humanizadas até o atendimento de uma clínica psicologia e psiquiátrica para a realização de diagnósticos mais precisos, de modo que o indivíduo esteja cada vez menos adoecido. As doenças psíquicas do trabalho merecem cuidados, como: tratamentos psicológicos, tratamentos medicamentosos, acompanhamentos com profissionais adequados, terapias alternativas, entre outras soluções.
As prevenções no ambiente do trabalho são diversas. É preciso investir em uma gestão capacitada, uma gestão que reconhece cada vez mais o colaborador, que não seja apenas um agente de resultados, mas também um agente de relacionamentos interpessoais, que valoriza o outro, reconhece atuações, que motiva.
Uma boa dica é o modo como usamos o nosso corpo – os nossos sinais não verbais – pode mudar a maneira como as pessoas nos veem. Ela vai mais longe, quando afirma que a nossa postura corporal afeta o modo como você se sente e, em consequência, o modo como os outros veem você. Mesmo se você não se sentir confiante, aja como se estivesse confiante e as suas chances de sucesso aumentam muito. “O nosso corpo muda a nossa mente, a nossa mente pode mudar o nosso comportamento e o nosso comportamento pode mudar os nossos resultados”. finaliza Madalena Feliciano.
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