Pular para o conteúdo principal

Os pilares da confiança no trabalho e como construí-los


A confiança é um dos princípios fundamentais da construção de relacionamentos. Ela, contudo, não acontece de um dia para outro, exige o que a pessoa tem de melhor, se desenvolvendo aos poucos. Ela precisa ser conquistada com nossas ações e comportamentos.

Assim como na vida pessoal, relacionamentos profissionais também dependem dela para se manterem saudáveis. “Uma relação de confiança no ambiente de trabalho cria espaço para a cooperação, o comprometimento, a circulação de ideias inovadoras, superação das diferenças, aumentando a satisfação no trabalho e melhora da comunicação”.

Mas quais são os pilares da relação de confiança no ambiente profissional? Confira e veja ainda quais os passos para construir um relacionamento baseado na confiança:

Honestidade, integridade e coerência
“Não posso dizer confie em mim, mas por meio destes três aspectos eu estabeleço o vínculo de confiança”. Para que um indivíduo confie em alguém e se comprometa com ele é preciso acreditar nele. “Perceber que é verdadeiro e coerente nas ações”.

Competência técnica
“É acreditar que ele tem a competência técnica para fazer o que diz ser capaz de fazer”. Ou seja, o gestor precisa confiar na competência da sua equipe e vice-versa. Por isso sem a competência não há confiança no âmbito profissional.

Compaixão e empatia
A compaixão e a empatia – que é a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa – formam a “ base espiritual” para que se estabeleça uma relação de confiança no trabalho.

“Alguns líderes não se colocam no lugar no funcionário. Pouco importa para ele se o filho do funcionário está mal de saúde, se o casamento dele está arruinado. O que importa é o resultado”. E um comportamento assim vai minando a relação de confiança. “Nem resultado que se constrói à custa do sofrimento de alguém é duradouro”.

Os passos para construir a relação de confiança

1 Ser claro e construtivo na comunicação
Derivada do latim comunicare, a palavra comunicação pressupõe “tornar comum” a informação ou experiência. E para isso, é preciso ser claro e construtivo no ato de comunicar, mantendo o respeito pelo outro. “Sabendo ouvir as suas opiniões e ideias, sabendo compreender antes de querer ser compreendido”.

2 Compromisso com o resultado
Parte da construção da relação de confiança é “participar ativamente e estar comprometido com os resultados estabelecidos.”
Imagine que seu chefe viva pedindo um esforço extra para que o seu departamento bata as metas. E esse esforço resulta em noites e mais noites no escritório. A equipe se empenha, se compromete e atinge o resultado. Mas é como se não tivesse mais do que a obrigação já que nem um “muito obrigado” ela recebe do gestor.
É certo que o empenho inicial vai aos poucos se esvaindo pela falta da participação ativa da liderança. Nesse caso, a confiança da equipe na chefia foi minada porque não houve demonstração de que a liderança estava comprometida e vibrando pelos resultados.

3 Apoiar e cooperar
Com apoio e cooperação no ambiente de trabalho é que se vai criando o vínculo de confiança. “Quando apoia, você dá sustentabilidade para a equipe”.

4 Compartilhar
Informações, conhecimentos e experiências. Compartilhar tudo isso é outra atitude de quem está disposto a construir uma relação de confiança. Ao estimular o desenvolvimento de um colega ou subordinado, o profissional demonstra que confia e que também merece confiança

5 Apostar na flexibilidade
“É ser flexível para enfrentar as mudanças e compreender as diversidades e os pontos de vista diferentes”.
Uma relação de confiança ancorada na maturidade não é aquela em que uma pessoa declara para outra: sei que posso confiar em você porque você nunca vai me faltar.
“Essa é a confiança ingênua, a declaração de confiança madura é: confio em você e sei que você pode me faltar um dia. Quando isso acontecer vamos conversar a respeito”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalho em equipe estimula a produtividade

Parece que fica sempre muito complicado vencer as resistências, que incluem desmotivação, falta de liderança, rotinas, desconfiança e sistematização de normas que restringem a criatividade. A c omunicação deficiente e ineficaz costuma ser o maior e mais forte dos impedimentos. Os estilos pessoais e modelos mentais diversos criam, algumas vezes, impedimentos para os bons resultados esperados pela equipe. Quando não acontece a boa comunicação, as potencialidades de cada um são empobrecidas. Com um olhar especial, essa diversidade pode ser o que garante à equipe uma visão mais rica e eficaz. É nessa diversidade que as equipes se enriquecem. Um bom líder sabe observar as diferenças e utilizar as visões para fortalecer o potencial do time. Ele utiliza cada parte em benefício do todo. Dentro de uma equipe, alguns gostam de ler, pesquisar; outros têm muitas ideias; outros preferem ir diretamente à ação; alguns planejam antes de agir enquanto outros se divertem com a experimentação. H...

O mercado de trabalho e a sociedade atual

O trabalho existe desde a antiguidade onde as pessoas trabalhavam para sobreviver, a necessidade de comer, de ter onde dormir era o que determinava a necessidade de trabalhar. Hoje em dia graças a  evolução humana e tecnológica, as características do trabalho mudou,assim como a visão do empregador e as chances de quem está a procura de um trabalho. As pessoas atualmente têm melhores e maiores chances de encontrar um bom trabalho, diferentemente de antigamente onde não existiam muitas opções. Hoje temos um mercado de trabalho altamente competitivo e que busca não somente por um funcionário e sim por pessoas que estejam realmente dispostas a aprender,a crescer e a se qualificar. A sociedade atual busca por pessoas pró-ativas, que tenham boa vontade, disponibilidade e queiram de fato um bom trabalho. Os funcionários que se sobressaem hoje no mercado de trabalho são aqueles que querem trabalhar e não apenas aqueles que precisam,quem somente precisa estaciona. Pará no tempo, se cont...

Somos a geração da exaustão: A tecnologia faz ou não trabalharmos mais?

Vivemos em uma era de avanços tecnológicos sem precedentes, onde a conectividade é onipresente. A tecnologia trouxe inúmeras facilidades e oportunidades, mas também trouxe consigo desafios significativos para a saúde mental e a qualidade de vida. O crescente uso de telas e a pressão para estar constantemente conectado têm contribuído para o surgimento de uma nova forma de esgotamento: o burnout digital. A terapeuta, gestora de carreira e CEO, Madalena Feliciano, comenta que a tecnologia, por um lado, prometeu simplificar nossas vidas e aumentar nossa produtividade. No entanto, paradoxalmente, muitos de nós nos encontramos trabalhando mais horas e enfrentando uma sobrecarga constante de informações. A linha entre trabalho e vida pessoal tornou-se cada vez mais tênue, com e-mails, mensagens e notificações invadindo nossa privacidade e tempo de descanso. O resultado desse estilo de vida superconectado é uma exaustão crônica, tanto física quanto mental. A pressão para responder instantane...