Muitas vezes, em PERÍODOS DE INSTABILIDADE ECONÔMICA, PEDIR UM AUMENTO SALARIAL não parece ser a atitude mais prudente ou aconselhável. Realizar essa tarefa em qualquer situação já dá um friozinho na barriga, quem dirá quando o cenário não é dos mais favoráveis?
Contudo, de acordo com Madalena Feliciano, coach de carreira da Outliers Careers, “não significa que a gente não contrate pessoas ou não aumente salários na crise”. De fato, olhando pelo LADO POSITIVO, é nesse momento que as empresas precisam manter seus funcionários mais competentes. E a remuneração é sim uma forma de RECOMPENSA PELO BOM TRABALHO desempenhado. Sendo assim, aproveite as dicas que o DaquiDali reuniu para não errar na hora de abordar o chefe e fazer a solicitação de aumentinho dos ganhos no final do mês:
OBSERVANDO OS ACONTECIMENTOS
Mesmo que a sua posição ou o seu departamento não lidem diretamente com as questões financeiras da empresa, é sempre sensato ANALISAR A FASE pela qual a organização está passando, e a SITUAÇÃO DO MERCADO no qual está inserida também – porque, enfim, se o setor está estagnado, as OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO de uma parte dele podem ficar comprometidas. “Se as coisas não estão acontecendo, se a companhia está no vermelho, este não seria o momento ideal de você fazer qualquer pedido de aumento salarial”, reforça a coach. Às vezes, é preferível esperar um pouco até que tudo volte ao normal.
CONHECENDO O CHEFE
O superior passou direto e mal cumprimentou as pessoas? Talvez ele não tenha acordado muito bem – afinal, todos estão sujeitos às intempéries da rotina, e isso influencia em todos os sentidos. “O ideal é também ficar ligado se o seu CHEFE ESTÁ BEM-HUMORADO naquele dia”, coloca Madalena. “AGENDE UMA REUNIÃO com ele, para que você possa fazer isso numa data mais tranquila, com horário certo, para não pegá-lo de supetão”. Tudo planejado com antecedência.
A ARTE DA PERSUASÃO
“Quando pedir algum tipo de aumento, é importante que o profissional esteja EMBASADO EM ALGUM TIPO DE RESULTADO”, ela explica. É preciso argumentação para convencer o patrão de que você merece, de fato, receber mais. Para a especialista, o profissional tem que saber claramente das suas conquistas nos negócios, suas melhores habilidades e competências, funções nas quais se destaca, e explicitar o que vem TRAZENDO DE DIFERENCIAL até então. Como: a dedicação à carreira, se conseguiu alguma diminuição de custo, contribuiu com o aumento das vendas, destacou-se no atendimento ao cliente, entre outras. Isso é importante já que o reconhecimento se concretiza, principalmente, em função da AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE.
NÃO PASSE A HIERARQUIA
“Não pule hierarquia porque isso é muito MALVISTO!”, conta a profissional. “Você vai conversar com o seu chefe imediato. E, se ele precisar de autorização para isso, vai se dirigir ao líder dele e argumentar o que você utilizou”. Recado dado é recado ouvido.
NADA DE ASSUNTOS PESSOAIS
Acontecimentos familiares, projetos individuais, circunstâncias em casa que fogem ao controle são adversidades que, muitas vezes, requerem maior demanda de dinheiro; porém, não devem ser justificativas para pedir aumento. “Filho que ficou doente, entrada na faculdade etc. não são argumentos! PROBLEMAS seus, PESSOAIS, NÃO TÊM A VER COM AUMENTO SALARIAL”.
QUANTO PEDIR?
“A gente sugere NADA MENOR QUE 5% e nada maior do que 20%”, a expert em carreiras informa. “Numa média, você pode pedir 10% de aumento”. Indicar que você quer menos do 5% nem vale o esforço e, se passar dos 20%, a probabilidade de levar um não sem precedentes é muito maior. Bom senso conta, e muito.
VALE NEGOCIAR?
Os incrementos no ordenado não precisam, obrigatoriamente, vir como um número real, assinado na carteira. Por que não NEGOCIAR OS SALÁRIOS INDIRETOS? De repente, solicitar mais benefícios como ASSISTÊNCIA MÉDICA, AUXÍLIO FACULDADE, bonificações, um carro no nome da organização, mas que possa ser de uso particular para ir e voltar todos os dias,CESTA BÁSICA, e por aí vai. “Quando o seu profissional é desorganizado financeiramente, ele nem vai dar conta do que você deu de aumento salarial”, ela alerta. “Então, também tem que ser uma pessoa organizada nesse sentido, senão vai viver usando justificativas. E, certamente, seguiremos dizendo não”.
LEILÃO DE OFERTAS
“O leilão também é comum, vejo acontecer bastante, mas não é legal, não faça!”, ela aconselha. “Geralmente, quando um profissional recebe uma PROPOSTA DE EMPREGO, as chances de conseguir esse aumento salarial são maiores. Mas NÃO MINTA!”. Se a história não for verídica, o empregador pode vir a descobri-la e você vai ter um pepino maior ainda nas mãos para solucionar: “e pode até perder o emprego”.
DÊ TEMPO AO TEMPO
“O chefe também precisa de um TEMPO PARA PENSAR, dar uma olhada e averiguar a situação”. Por isso, não fique ansioso. A não ser que o feedback seja direto e/ou negativo e venha na mesma hora, a coach recomenda dar em torno de quinze dias para uma nova abordagem.
E, SE NÃO DER CERTO, O QUE FAZER?
“Não encare o ‘não’ como algo pessoal”, ela ratifica. Caso não seja o que você desejava,AGRADEÇA PELA CHANCE. “Pode até perguntar quanto tempo o seu superior vai precisar para executar essa avaliação”. Madalena confirma que, normalmente, de seis a oito meses é uma temporada razoável para TENTAR OUTRA VEZ. “Converse aberta e claramente, seja seguro tanto no porquê do pedido quanto para pleitear quando será o melhor momento de fazer isso novamente”. Não desista. “Às vezes, as empresas já têm um escopo de cargos e salários definidos”. Isso denota que, muito possivelmente, não há promoções antes de um ano de casa, por exemplo. A profissional recomenda, de qualquer maneira, estar sempre alinhado com os valores da instituição onde se atua, a fim de se atingir o que é esperado como meta e objetivo do cargo. “Hoje, O QUE CONTA É RESULTADO!“.
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