
Por
IPCoaching

Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo
Se
você tem a sensação de que alguma coisa na vida –amor, trabalho,
autoestima, sociabilidade– não evolui, por mais que se esforce, é
provável que algum comportamento nocivo no dia a dia esteja impedindo
sua felicidade. Veja, segundo especialistas, quais são os hábitos mais
danosos e elimine-os da sua rotina:
Procrastinar: deixar
para amanhã o que se pode fazer hoje, segundo Madalena Feliciano,
diretora do IPC (Instituto Profissional de Coaching) e diretora geral da
consultoria Outliers Careers, ambos na capital paulista, é um hábito
terrível que impede qualquer um de conquistar objetivos. Quem deseja
evoluir precisa se empenhar e parar de inventar desculpas para adiar os
planos, dos mais simples aos mais ousados.
As
pessoas costumam se sabotar, mesmo sem perceber, tanto na vida pessoal
quanto profissional. E, quando caem na real, percebem que estão vivendo
no piloto automático. "Muita gente diz: 'vou começar uma dieta na
segunda-feira', 'vou parar de fumar no ano que vem', 'farei minha
pós-graduação no segundo semestre'. Quando se dão conta, o tempo passou e
nada mudou".
Reclamar: concentrando-se
naquilo que acredita estar ruim, uma pessoa dificilmente tem tempo ou
disposição para enxergar as coisas boas ou se esforçar para melhorar o
cenário. "A falta de entusiasmo é uma característica das pessoas que
passam a vida reclamando. Muitas se sentem vítimas do destino: tudo
sempre vai mal, nada dá certo, só os outros têm sorte”, exemplifica
Madalena Feliciano. "Ter atitudes positivas começa na mente, portanto,
se você se identificou, comece a praticar agora e perceba a diferença na
sua vida diariamente", fala.
Esperar que o par adivinhe seus desejos: segundo
a psicanalista e psicóloga Ana Cássia Maturano, de São Paulo (SP), não
são poucas as pessoas que criam expectativas de que o parceiro vá
adivinhar o que elas querem. "São criadas expectativas em relação ao
outro que só existem na sua cabeça. O par não tem como saber o que você
pensa se você não falar. Diga o que você quer ou o que incomoda. Isso
não significa que o parceiro agirá de acordo com seus desejos, mas ao
menos ele saberá quais são", explica a especialista.
Não viver o presente: algumas
pessoas pensam tanto no futuro, no que está por vir, nas possíveis
doenças, no envelhecimento ou na condição financeira da próxima década
que acabam não conseguindo aproveitar o momento. "A angústia em relação
ao futuro faz com que o presente passe despercebido. É um sofrimento
inútil", diz a psicóloga Ana Cássia. Você pode e deve fazer uma poupança
pensando em um investimento a longo prazo, fazer exames de saúde
periódicos e tomar várias medidas para garantir um bom futuro, mas sem
esquecer de viver o presente.
Para
a psicóloga Andréa Lorena, também da capital paulista, ficar preso ao
passado também é um hábito nocivo. “Pessoas que ficam ligadas ao que já
aconteceu costumam ter sentimentos de culpa e muita tristeza. Perdem
muito tempo pensando em como seriam as coisas hoje se a sua atitude do
passado tivesse sido outra. Com isso, também acabam não aproveitando as
situações do presente", afirma.
Ressaltar o que falta: às
vezes, ficamos tão ligados ao que não temos ou na parte de nossas vidas
que não está indo bem que deixamos de valorizar nossas conquistas.
“Destacar apenas o que nos falta é um hábito maligno, porque nunca se
consegue alcançar a sensação de satisfação. É algo prejudicial à
autoestima, porque pessoas assim dificilmente conseguem enxergar a
verdadeira realização daquilo que fazem, pois perdem tempo com
lamentações”, diz Ana Cássia.
Preocupar-se com a opinião alheia: "Esse
hábito não somente atrapalha sua vida, mas o impede de se conectar a si
mesmo e a seus objetivos. É fato que não se preocupar com o que os
outros irão pensar a seu respeito é algo praticamente impossível, por
isso, o mais importante é escolher quais pessoas realmente se importam
com você”,diz o psicólogo clínico e coach João Alexandre Borba, de São
Paulo (SP).
Guardar mágoas: a
pessoa que guarda mágoas não as resolve e muito menos as aceita
“Ressentimentos, frustrações e decepções vão se acumulando e há o risco
de desenvolver sintomas depressivos e ansiosos, além de ter
comportamentos explosivos, pois existem coisas que não foram resolvidas
emocionalmente”, explica Andréa Lorena.
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