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As habilidades que fazem a diferença

Desenvolver habilidades em várias áreas serve como diferenciação no mercado de trabalho

Todos nascem com talentos e habilidades diferentes, mas, ao longo da vida, acabam por frisar e desenvolver apenas algumas dessas desenvolturas com melhor qualidade. Depois dos 30 anos, então, a situação se complica ainda mais, já que a maioria das pessoas já estão formadas, com uma profissão definida e uma carreira inteira pela frente – e, com isso, a promessa de fazer sempre a mesma coisa, fazendo com que as outras habilidades “atrofiem”.
Ciente dessa questão, Madalena Feliciano, Gestora de Carreira da Outliers Careers, alerta para cuidados que devem ser tomados, afinal, “se dá bem melhor nas tarefas do cotidiano quem tem múltiplas habilidades desenvolvidas”, comenta a especialista. Como um simples exemplo, ela diz: “Digamos assim, se você é bom com números, tente fazer uma pintura. Se é bom em escrever, tente resolver equações matemáticas ou jogar soduku, e por aí vai”.
Segundo Madalena, desenvolver múltiplas habilidades é a melhor forma de ampliar a criatividade. “Quanto mais pratos diferentes você experimentar, mais referências de sabor seu cérebro vai armazenar. O mesmo vale para experiências, conhecimento e práticas em quaisquer áreas”, diz ela, que ressalta que criatividade nunca é demais, independente de qual seja a profissão.
O cérebro é dividido em duas partes: o lado direito, da criatividade, mais lúdico, e o lado esquerdo, o mais lógico, analítico. Cada ser humano desenvolve mais um lado do que o outro, mas isso não significa que ambos não possam ser trabalhados que seja tirado um maior proveito da capacidade cerebral no dia-a-dia. “Lembre-se: nunca ninguém morreu de acúmulo de conhecimento”, brinca, Madalena.
Para trabalhar esse outro lado, é preciso que o profissional não tenha medo das tarefas assustadoras que parecem que não foram feitas pra ele. É preciso aprender na prática, adquirindo experiência. A especialista comenta que podem ser seguidas algumas dicas simples que trabalham o lado esquerdo e direito de qualquer um. A primeira delas é ler: “A leitura é um dos bens mais preciosos. E não é preciso ficar só nos livros. Ler revistas, artigos da internet, receitas culinárias, manuais de instrução e o que mais estiver ao seu alcance também conta,” diz.

A segunda dica é participar de programas culturais, que incluem ir ao cinema, teatro, museu, exposições de artes e outros lugares interessantes. “A relação com esses universos faz qualquer imaginação voar. Ter contato com o novo é essencial para que qualquer um possa ir além dos limites”, comenta. Outra ideia é compartilhar, trocar experiências. “Seja interessado pelo ser humano. Converse com o pessoal da empresa, independente do cargo que cada um ocupe. Escute opiniões, valorize sua participação. Quanto mais a gente se relaciona, mais a gente cresce”, conclui.

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