O mais sensato é não fechar os olhos para o problema, mas sim tomar algumas medidas inteligentes para proteger a empresa de qualquer ameaça
Por Eliana Dutra*
As
empresas ainda sentem o efeito da crise e ficar imune a ela é quase
inevitável. Afinal, o atual cenário de incerteza ameaça a recuperação da
economia brasileira em 2017 e, consequentemente, a saúde financeira dos
negócios. Para se ter ideia, cerca de 40% das maiores organizações
listadas na BM&FBovespa estão extremamente endividadas, sendo que
mais da metade delas está em estado crítico. Contudo, a maioria dos
líderes apenas espera as coisas melhorarem ou, pior, acha que está
“blindada” a qualquer turbulência. Tais atitudes apenas contribuem para
piorar a situação.
O
mais sensato é não fechar os olhos para o problema, mas sim tomar
algumas medidas inteligentes para proteger a empresa de qualquer ameaça.
O primeiro passo é o CEO admitir que não é imune a crise. Afinal, as
organizações que sobrevivem são justamente aquelas que não tem medo de
admitir isso. Essa é uma ação inteligente, já que transforma a crise em
oportunidade, utilizando-a para tornar os seus processos mais
consistentes e preparados para qualquer tipo de turbulência.
Paralelo
a isso, é preciso traçar os mais diversos cenários e identificar quais
deles são de alto risco para o negócio. Esse movimento é valioso para a
tomada de decisão tanto dos CEOs quanto do conselho de administração.
Além disso, este é um dos passos mais importantes e produtivos na
implementação de uma cultura corporativa preparada para uma eventual
dificuldade. Porém, isso não basta. O processo de identificação de
ameaças e riscos deve levar a uma ação proativa e estratégica.
Assim,
os líderes terão tempo hábil para analisar tais cenários. A partir daí,
é possível criar um plano estratégico robusto que previna riscos
evitáveis e estabeleça ações para se preparar para o imponderável.
Claro que tanto o planejamento e a ação não podem ser momentâneos e
esquecidos. Líderes inteligentes preparam seus colaboradores para gestão
de crise através da prática constante de exercícios, treinamentos e
simulações sobre a realidade em que estão e para onde querem ir. Afinal,
quando o inevitável dia da crise chegar, todos estarão capacitados para
enfrentá-la. Em outras palavras: o sucesso da empresa dependerá da
atuação de uma equipe forte e que compreende o seu papel e
responsabilidade na administração do momento da dificuldade.
*Este artigo é de autoria de Eliana Dutra, CEO da Pro-Fit e primeira Master Coach Certified na América do Sul pela ICF.
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