Artur Avila durante conversa com o documentarista João Moreira Salles, na reunião anual da Fundação Estudar
São Paulo – Artur Avila é um prodígio da matemática
e o primeiro e único latino-americano a receber, em 2014, o mais
importante prêmio em sua área, a medalha Fields, uma espécie de prêmio
Nobel da matemática. Para se ter uma ideia, ele começou a fazer doutorado no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) com apenas 19 anos, ao mesmo tempo em que fazia graduação na UFRJ e mestrado também no IMPA.
Durante a reunião de 25 anos da Fundação Estudar, o matemático de 37 anos, que hoje é diretor de pesquisa no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), na França, contou uma lição que teve a oportunidade de aprender com o matemático ucraniano/estadunidense Mikhail Lyubich e que foi muito importante para sua carreira de pesquisador.
“Naquele momento tinha um teorema recente que eu estava tentando ver para onde que se abrir e nós conversamos. A parte mais interessante foi ver a abertura dele nessa discussão. Eu era muito quieto e esta não é uma maneira muito produtiva de conduzir uma pesquisa”, disse durante a conversa com o documentarista João Moreira Salles.
O problema, disse Avila, era estar muito focado em não errar. Por outro lado, Lyubich não tinha esse medo e apostava na sua intuição para tentar decifrar o problema. “A sua intuição nem sempre apontava o caminho certo mas aproximava de uma solução”, disse.
Durante dias, eles conversaram sobre o teorema, e Lyubich não tinha receio em testar suas teorias. O que impressionou, Avila, foi o fato de um matemático do calibre de Lyubich não ter medo de dizer bobagens, ou mesmo de pensar à deriva, pensar livremente e fazer matemática.
“Foi a primeira exposição que eu tive a alguém fazendo pesquisa na minha frente. Vi isso acontecendo e foi marcante”, contou para os participantes do evento.
Durante a reunião de 25 anos da Fundação Estudar, o matemático de 37 anos, que hoje é diretor de pesquisa no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), na França, contou uma lição que teve a oportunidade de aprender com o matemático ucraniano/estadunidense Mikhail Lyubich e que foi muito importante para sua carreira de pesquisador.
“Naquele momento tinha um teorema recente que eu estava tentando ver para onde que se abrir e nós conversamos. A parte mais interessante foi ver a abertura dele nessa discussão. Eu era muito quieto e esta não é uma maneira muito produtiva de conduzir uma pesquisa”, disse durante a conversa com o documentarista João Moreira Salles.
O problema, disse Avila, era estar muito focado em não errar. Por outro lado, Lyubich não tinha esse medo e apostava na sua intuição para tentar decifrar o problema. “A sua intuição nem sempre apontava o caminho certo mas aproximava de uma solução”, disse.
Durante dias, eles conversaram sobre o teorema, e Lyubich não tinha receio em testar suas teorias. O que impressionou, Avila, foi o fato de um matemático do calibre de Lyubich não ter medo de dizer bobagens, ou mesmo de pensar à deriva, pensar livremente e fazer matemática.
“Foi a primeira exposição que eu tive a alguém fazendo pesquisa na minha frente. Vi isso acontecendo e foi marcante”, contou para os participantes do evento.
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