São Paulo – Qualidade de vida no trabalho é uma percepção mutável: varia de pessoa para pessoa e a cada fase de carreira o conceito adquire significados diferentes.
Quer entender o que é importante para você agora? Um teste gratuito criado pela Sodexo Benefícios
e Incentivos vai ajudar a quantificar esse conceito subjetivo ao
identificar como anda a sua percepção, de zero a 10, em apenas alguns
minutos. Para fazer, basta acessar o site do Índice de Qualidade de Vida no Trabalho.
Estimular
a reflexão sobre a satisfação no trabalho – do ponto de vista
individual e, é claro, de estratégia corporativa – é o principal
objetivo da inciativa da empresa francesa, líder mundial em
fornecimento de soluções de qualidade de vida para empresas.
“Fazer
esse teste dá maior entendimento e consequentemente mais consciência do
que a pessoa mais valoriza agora versus o que o ambiente dela de
trabalho proporciona”, diz Fernando Cosenza, diretor executivo de
Sustentabilidade da Sodexo Benefícios e Incentivos.
Para
os profissionais, a ferramenta vai fornecer insights importantes como,
por exemplo, o peso que cada atributo ligado à qualidade tem na
avaliação individual. Você vai saber em que área está mais e menos
satisfeito, informação que pode ser útil para tomar melhores de decisões
de carreira.
São
seis blocos de perguntas, cada um relacionado a uma das seis dimensões
da qualidade de vida no trabalho: reconhecimento, facilidade e
eficiência, interação social, desenvolvimento ou crescimento pessoal,
ambiente físico, saúde e bem-estar.
“Esses
pilares são anteriores à pesquisa e foram definidos a partir de estudos
globais que a Sodexo faz sobre esse tema”, diz Cosenza. A empresa
mantém um instituto focado em pesquisas sobre qualidade de vida, o
Sodexo Institute Quality of Life.
Levantamento recente
da empresa com 600 profissionais no Brasil, com 18 anos ou mais e de
diversas áreas e profissões, mostra o índice de qualidade de vida no
trabalho na faixa de 6,5. “Como é uma percepção mutável, nossa ideia é
refazer o estudo a cada três meses”, diz.
Corretores de imóvel aparecem como os mais satisfeitos
A
mesma pesquisa mostra quais os profissionais dizem ter mais qualidade
de vida no trabalho, na divisão por área de atuação. Veja o ranking:
Função | Índice Geral de Qualidade de Vida no Trabalho (de 0 a 10) |
---|---|
Corretor de imóveis | 7,87 |
Atleta | 7,74 |
Presidência/diretoria, gerência, proprietário/dono | 7,73 |
Médico | 7,63 |
Enfermeiro/assistente terapêutico | 7,58 |
Estagiário | 7,29 |
Coordenação/supervisão/chefe de seção | 7,22 |
Outras funções | 6,82 |
Professor | 6,56 |
Empresa de áreas executivas/administrativas/financeiras, atribuição de chefia | 6,33 |
Empregado de serviços de limpeza e manutenção | 5,99 |
Serviços de apoio administrativo ( secretários, recepcionistas, telefonistas) | 5,91 |
Empregado de área de fabricação/operário/operador de maquinário | 5,63 |
Corretores
de imóveis apareceram como os profissionais com mais qualidade de vida,
ainda que o setor imobiliário seja um dos mais afetados pela crise.
Cosenza aponta para a heterogeneidade dessa profissão:
enquanto há aqueles corretores que ficam em plantão na rua, embaixo de
sol/chuva, outros profissionais, focados em vendas de imóveis para
classe alta, vivem um cotidiano completamente diverso.
Um
negócio fechado no mercado “premium”, lembra o diretor da Sodexo, pode
significar uma gorda comissão, remuneração suficiente para se manter
durante meses. “Além da flexibilidade típica da atividade,
o reconhecimento é algo matemático, se o corretor faz a venda, ganha a
comissão”, diz.
A
relação direta entre a profissão e a saúde e bem-estar coloca os
atletas também no topo da satisfação em relação à qualidade de vida no
trabalho. “ Geralmente, o atleta trabalha bastante ao ar livre, pode ter
uma interação social forte e o reconhecimento também é um aspecto
bastante objetivo: ou ganha ou perde”, diz. Entre os participantes da
pesquisa, o reconhecimento foi a dimensão que mais influenciou a
percepção e respondeu por 20% da nota geral.
Profissionais
em cargos de liderança também aparecem entre os mais satisfeitos. Para
Cosenza, é uma questão do momento do mercado de trabalho. “A tendência é
dar mais peso para o salário e estabilidade no emprego, em períodos de
crise”, diz.
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