Você
almeja um cargo de gestão e liderança ou prefere trilhar a carreira em
funções mais operacionais? As duas opções são legítimas do ponto de
vista profissional e importantes para as companhias, mas se o seu perfil
se encaixa entre os que desejam subir alguns degraus, tenha em mente
que, assim como ressalta o executivo Rodrigo Kede, “não existe
crescimento com conforto”.
O
primeiro ponto a ser observado é que, para cargos de gestão, a relação
entre oferta de vagas e candidatos é desproporcional, algumas vezes
apenas pelo glamour que a posição impõe. Ou seja, em diferentes
companhias você encontrará um grande número de profissionais querendo o
mesmo destaque e, em alguns casos, com qualificações iguais ou
superiores às suas. Então, o que fazer?
Novamente,
volto a insistir na atenção ao planejamento da carreira. Tudo
relacionado à vida profissional deve começar por ele. Faça um mapeamento
sobre os seus objetivos, o ônus e o bônus de cada um, os caminhos para
alcançá-los e sua disposição para enfrentar os desafios que possam
surgir.
O
que noto no mercado é a existência de muitos profissionais com desejo
de progresso na carreira, mas sem disposição de abrir mão de algo.
Arrisco dizer que não existe um executivo de sucesso que, em algum
momento, não tenha sacrificado horas de lazer, eventos sociais ou
convívio com a família pela necessidade de priorizar alguma atividade
profissional.
Apenas
experiência, habilidade ou dom não lhe levará a uma posição de destaque
na carreira. A diferença entre o seu desejo e o dos concorrentes está
no empenho de cada um para desenvolver as atividades e na disposição
para lidar com situações de pressão adversas e desconfortáveis.
Na vida, nem tudo são flores!
*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half
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