Além do escritório em São Paulo, a empresa tem mais 15 fábricas que empregam cerca de 13 000 funcionários
Por Luciana Lima
Presente
em mais de 190 países e dona de marcas como Omo, Seda e Dove, é
improvável que você não conheça um produto da multinacional
anglo-holandesa Unilever.
No
Brasil há 86 anos e com lucro de 4,91 bilhões de euros em 2015, além do
escritório em São Paulo, a empresa tem mais 15 fábricas que empregam
cerca de 13 000 funcionários.
1. Marca forte no mercado
O
Brasil é a quinta maior operação da empresa, que pretende investir 1,1
bilhão de reais até 2017 no país. Aliado com os produtos reconhecidos no
mercado isso significa credibilidade para os recrutadores.
2. Busca pela igualdade
Com
um aumento de 15% no número de mulheres em suas posições de liderança, a
Unilever oferece diversos benefícios para as profissionais do sexo
feminino, como programas de coaching e networking, além de
licença-maternidade estendida e berçário.
3. Expatriação possível
Por
estar em quase 200 países, as oportunidades de carreira internacional
são grandes. Em média, são expatriados de 80 a 90 brasileiros por ano.
por causa disso, é essencial dominar um segundo e até terceiro idioma.
4. Processos burocráticos
A
estrutura da Unilever tem muitos processos e é bem hierarquizada, o que
faz da burocracia a grande queixa dos seus profissionais.
5. Investimento em treinamentos
Há
preocupação em treinar e capacitar funcionários. Muitas vezes com cara
de “escolinha”, a Unilever investe na formação de profissionais de todos
os níveis.
6. Carreira lenta
O
plano de carreira da empresa é estruturado em etapas – que são
consideradas por muitos funcionários muito lentas. Reclamações no site
de avaliações Lovemondays citam que, para crescer, relacionamentos são
por vezes mais valorizados que a entrega de resultados.
7. Flexibilidade real
A
empresa possui diversas ações para aumentar a flexibilidade no
trabalho, entre elas política de home office, horário flexível e friday
free. Funcionários apontam que isso tem como consequência negativa o
excesso de trabalho em dias de folga.
8. Preocupação com bem-estar
Existem
vários benefícios voltados para a saúde, entre eles planos de
academias, serviços de manicure e massagista, além de um 0800 para
orientações psicológicas e jurídicas. Porém, apenas o último serviço é
disponibilizado para os funcionários localizados fora de São Paulo.
9. A polêmica do óleo de palma
Maior
consumidora mundial de óleo de palma (óleo de dendê), a Unilever foi
alvo de polêmica em 2009, após a denúncia de que um dos seus
fornecedores utilizava matéria-prima de áreas desmatadas, mesmo adotando
um sistema para excluir produtores não sustentáveis a empresa ainda
recebe críticas por parte de ambientalistas, que dizem que a extração
causa desmatamento indireto.
10. Salários pouco agressivos
Funcionários
dizem que os salários são medianos e, algumas vezes, abaixo do mercado.
Essa insatisfação, aliada ao assédio de outras companhias, faz com que a
empresa perca talentos.
Palavra da empresa: “O
Norte e o Nordeste do Brasil são exemplos de região em crescimento e
com alguma dificuldade de se encontrar o candidato ideal.” (Eduardo Reis, vice-presidente de Recursos Humanos da Unilever Brasil)
Esta matéria foi publicada originalmente na edição 213 da revista Você S/A
Você S/A | Edição 213 | Abril de 2016
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