Para Mariane Abrucez, do Instituto de Pesquisa Venturus Inovação & Tecnologia, inovar é algo coletivo e não individual
*Por Mariane Abrucez
Em
momentos de crise como esse em que estamos vivendo, inovação parece ser
a palavra de ordem para solucionar os problemas; A luz no fim do túnel
para algumas empresas. “Precisamos inovar se quisermos nos manter
vivos!”, profetiza seu chefe. E é nesse instante que você, assim como a
maior parte da população, pensa “hmmm... esse negócio de inovação não é
para mim... eu nem sou criativo!”. Mas será que a inovação se faz
possível apenas por meio de pessoas criativas? Quero te mostrar que não!
Antes
de mais nada, vamos dar o primeiro passo em direção à inovação e
alinhar alguns conceitos. Uma nova ideia só é considerada inovação
quando traz resultados, ou seja, gera valor para as empresas. Criar algo
com alto índice de novidade, mas com baixos resultados não é inovação.
Da mesma forma que criar uma solução altamente lucrativa mas com baixo
apelo de novidade, também não é inovação. Associar o alto grau de
novidade ao alto índice de resultado, isso é inovação.
Para
chegar ao tão esperado resultado, a ideia precisa ser conduzida pelas
quatro fases do processo de inovação que tem início na ideação. Aqui sim
precisamos de pessoas criativas, motivadas pela mudança e pelo novo,
aquelas que enxergam as oportunidades de uma forma diferente das demais.
Em seguida, vamos para a fase de conceituação, a mais crítica para as
empresas já que ter ideias não é o problema. O problema é colocá-las em
prática quando a operação do dia a dia fala mais alto que a inovação,
que sempre é algo incerto. Para que essas novas ideias tenham seus
riscos mapeados e sejam conduzidas dentro das organizações, precisamos
de pessoas orientadas a desafios e com tolerância a trabalhar com
incertezas.
Passadas
essas duas primeiras etapas, chegamos mais perto da experimentação.
Para essa fase, precisamos de pessoas com alto grau de adaptação já que
são elas que farão testes de conceito, ajustarão o que for necessário e
darão às primeiras formas àquela ideia inicial transformando-a em algo
mais concreto, como um protótipo, exemplo. A partir das alterações e dos
testes realizados na ideia inicial, chegamos à última fase do processo
de inovação, a implementação. Sem incertezas, aqui são necessárias
pessoas com orientação a resultados, que trabalham com prazos e
planejamento começo, meio e fim e escopos fechados. É nesse momento que
aquela ideia embrionária toma corpo e escalabilidade.
É
ilusão achar que todas essas competências e habilidades, muitas vezes
opostas entre si, possam ser encontradas em uma única pessoa. O que
seria da Apple, por exemplo, se Wozniak fosse como Jobs, ou vice versa? A
solução para isso é a criação de times, que unam pessoas com os
diversos perfis acima citados que, somadas, trabalharão em busca do tão
almejado resultado. O primeiro passo é “olhar pra dentro de casa” para
identificar esses talentos. E você, já sabe quem da sua equipe poderia
ser parte integrante, e fundamental, do seu time de inovação?
*Mariane Abrucez é Supervisora de Recursos Humanos no Instituto de Pesquisa Venturus Inovação & Tecnologia.
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