Comitê Organizador das Olimpíadas 2016 criou um dos maiores programas de seleção de pessoas do país
Por Bruno Vieira Feijó
Não
é exagero afirmar que, depois dos próprios atletas, os voluntários são a
alma dos Jogos Olímpicos. Cerca de 50 000 pessoas – entre brasileiros e
estrangeiros –, sendo 35 000 nas Olimpíadas e 15 000 nas Paralimpíadas,
atuarão nos dois eventos, entre agosto e setembro. “Os voluntários
representam mais de 30% da nossa força de trabalho”, diz Henrique
Gonzalez, diretor de RH do Rio 2016. São mais de 500 funções diferentes,
desde recepcionar autoridades em aeroportos até orientar o público
sobre seus lugares na arena.
Para
angariar esse contingente, foi montada uma operação de guerra em
recrutamento e seleção. O desafio inicial era atrair 300 000 pessoas
para a pré-seleção, feita por um teste online. Depois, 75 000 foram
escolhidas para entrevistas presenciais, para chegar, então, às 50 000
finalistas.
Atualmente,
os profissionais participam dos primeiros eventos-testes, como são
chamados os ensaios para os jogos nos locais de competição. Eles também
estão sendo treinados em salas sensoriais (como nesta da foto, para
simular dificuldades de um atleta ou visitante com deficiência) e
cursando aulas de inglês na internet. No total, o Comitê Organizador
estima oferecer 1 355 000 horas de treinamento.
“Estamos
lidando com profissionais que não se motivam com chefes no estilo ordem
e comando, e muito menos com estrutura hierárquica”, diz Henrique. É o
caso da advogada Marinilza Almeida, 47 anos, que se candidatou como
voluntária ao lado da filha e foi escalada para trabalhar como receptora
de uma delegação internacional. “Não quero ser apenas espectadora,
quero fazer parte da história”, diz Marinilza. Se depender do nível de
engajamento desse pessoal, a festa já está garantida.
Esta matéria foi publicada originalmente na edição 213 da revista Você S/A com o título "Engajados Na Causa"
Você S/A | Edição 213 | Abril de 2016
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