Como países de diferentes partes do mundo lidam com os seus equívocos
Por Mariana Amaro
A forma de lidar com o erro varia conforme a cultura. Veja como isso é visto em diferentes regiões do planeta:
Estados Unidos
Culturalmente,
é um país mais aberto aos erros. “Existe um termo no vale do Silício
para se referir àquelas pessoas que já foram à falência várias vezes,
mas continuam tentando: empreendedores seriais”, diz Edsel Oliveira,
fundador da Reach Out, consultoria de exportação.
Finlândia
Para
desenvolver a cultura da aceitação dos erros, o governo entrou em cena.
Os políticos criaram, em 2011, o dia nacional da falha, quando cidadãos
e figuras públicas são convidados a compartilhar suas pisadas de bola
com o resto do mundo a partir de depoimentos sobre os deslizes.
Alemanha
Eles
acreditam que falha deve ser reconhecida e corrigida imediatamente. Um
exemplo dessa postura ocorreu no final do ano passado, com a montadora
Volkswagen. Na época, foram descobertas as fraudes nos motores a diesel.
O presidente falou publicamente sobre o erro.
Brasil
O
erro não é facilmente perdoável, mas o tal “jeitinho brasileiro” de
improvisar soluções é aceito, inclusive nos negócios. “Existe pouca
tolerância ao erro nas empresas brasileiras”, diz o consultor Rogério
Chér. E completa: “o que é um problema porque só inova quem está
disposto a arriscar e errar”.
Ásia
Os
asiáticos têm mais dificuldades em lidar com isso e com a vergonha
porque a cultura oriental é centrada na honra. “Os que erram são vistos
quase com desprezo”, diz Edsel. Um ministro da agricultura se suicidou
em 2007 depois que se provou seu envolvimento com corrupção.
Esta
nota foi publicada originalmente na edição 211 da revista Você S/A
dentro da matéria "Aprenda com seus erros" e com o título “Falha
Planetária”
Você S/A | Edição 211 | Fevereiro de 2016
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