Especialista em transição de carreiras conta como trabalhar em eventos pode melhorar a perspectiva do empregador sobre você
De
uma maneira geral, fazer trabalhos voluntários - seja com idosos,
crianças e até mesmo, animais - é benéfico para os dois lados. Quem
precisa de apoio e suporte, os recebem, e quem realiza a ação, sai com o
sentimento de alma renovada e uma nova visão de mundo. Por esse motivo,
a maturidade única adquirida ao dar sem receber, que os trabalhos
voluntários são tão bem vistos aos olhos das pessoas e, principalmente,
dos empregadores na hora da contratação. No início da carreira, em um
momento transitório, ou até mesmo quando desempregado, atuar como
voluntário pode aumentar as chances de uma boa impressão na entrevista.
Além de humanizar o profissional, mostra que este, mesmo podendo, não
dormiu até o meio-dia e viu TV o dia inteiro.
Segundo
a coach de transição de carreiras, Madalena Feliciano, a preocupação
com a responsabilidade social aumentou muito nos últimos anos, e as
empresas hoje em dia, não só procuram um currículo profissional bom, mas
também trabalhadores que dividem os mesmos valores “O profissional é
visto como uma pessoa engajada, solidária, preocupada com os outros ao
seu redor, e, logo, sabe trabalhar em equipe”, afirma.
Ainda
de acordo com a especialista, estar desempregado não é motivo para não
fazer nada “Quando o entrevistado mostra que não parou de se
aperfeiçoar, seja profissional ou pessoalmente, ele está em um outro
nível para o empregador, pois demonstra força de vontade. Isso se aplica
não só ao trabalho voluntário, mas sim, à cursos de extensão, trabalhos
em eventos - como as próprias Olimpíadas - ou sendo freelancer”, afirma
Madalena, também diretora da Outliers Careers e do Instituto Brasileiro
de Coaching.
“No
caso das Olimpíadas, um evento internacional, onde os voluntários
trabalhavam exaustivamente, no calor, por horas, fazendo atendimento ao
público,entre outros, isso conta bastante. Uma rotina pesada, por duas
semanas direto e sem receber nada. Só foi quem realmente quis, por um
motivo muito maior do que dinheiro, só pela disposição de ajudar mesmo. É
isso que o gestor vai pensar quando olhar o currículo”, comenta a
coach.
No entanto,
como diz Madalena, também existe um limite, até mesmo para trabalhos
voluntários “Se vai colocar no currículo, dê preferência aos que sejam
relevantes também à sua formação profissional. É isso que vai te dar
bastante destaque. A ideia não é ‘quanto mais longo o currículo, melhor o
profissional’ e, sim, quanto mais relevante ele for” finaliza.
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