Pular para o conteúdo principal

Mercado para executivos dá leve sinal de melhora, diz estudo

Veja agora 12 truques de linguagem corporal para entrevistas de emprego
Entrevista de emprego: levantamento mostra ligeiro aumento de vagas para executivos de média e alta gestão
São Paulo — Um novo estudo da consultoria Produtive sugere que o mercado de trabalho para executivos começa a dar os primeiros sinais de melhora em meio à grave crise econômica instalada no país.

Segundo o levantamento, houve avanço de quase 19% nas posições abertas no primeiro semestre de 2016, em contraste com as vagas oferecidas nos primeiros seis meses de 2015.

Na comparação, o número de oportunidades saltou de 1.751 para 2.077. O mapeamento se restringe a cargos executivos de média e alta gestão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Para Rafael Souto, CEO da consultoria responsável pela pesquisa, é cedo para falar em reaquecimento do mercado. Ainda assim, os dados mostram um movimento pequeno, porém interessante por parte dos empregadores.

“Ainda que os indicadores econômicos continuem muito ruins, o humor das empresas começa a melhorar”, explica ele. “A sensação de fundo do poço está cedendo espaço para previsões mais otimistas para 2017, o que dá novo fôlego para contratações”.

O especialista ressalta, porém, que os salários dos executivos contratados nessa “onda de otimismo” estão mais baixos. Em média, há uma queda de 16% na remuneração dos executivos que conseguem uma recolocação.

O levantamento aponta para uma realidade que apenas começa a se delinear. De acordo com a Produtive, os resultados positivos apareceram sobretudo no 2º trimestre de 2016.

Ainda assim, em dois anos de medição, esta é a primeira vez em que as oportunidades para executivos entram numa curva levemente ascendente.

“A melhora da perspectiva econômica com as recentes movimentações pelas quais o país passou sinaliza que as empresas estão apostando num novo cenário", diz Souto.

Áreas
A principal evidência da tímida reação à crise, diz Souto, é o aumento de 16% no número de vagas de nível intermediário em marketing e vendas. “Com a crise, as empresas cortaram muitas posições nessa área”, explica. “Agora, estão voltando a contratar vendedores, um movimento necessário para retomar o crescimento”.

Para o presidente da Produtive, algumas companhias decidiram apostar em pessoal agora para colher resultados no ano que vem. “Elas não acreditam no segundo semestre de 2016, mas estão olhando a longo prazo, com a previsão de crescimento do PIB em 2017”, diz ele.

Em finanças, houve aumento de 14% no número de posições de alta gestão e 31% de crescimento nas vagas intermediárias. Não seria um mero reflexo da crise, já que o departamento costuma executar medidas como cortes e reestruturações? Sim, mas não apenas por isso, responde Souto.

“Apesar de muitas vagas em finanças ainda estarem ligadas à própria recessão, há uma mudança qualitativa no discurso dos recrutadores”, explica. “Hoje eles não falam só em ‘corte’ ou ‘enxugamento’, eles querem alguém para alavancar indicadores, capaz de levar o negócio para frente”.

Já o departamento de recursos humanos registrou aumento de 62% na contratação para posições de média gerência. “Os executivos de RH estão sendo contratados sobretudo para reverter a queda no engajamento e na produtividade dos funcionários por causa da crise", afirma Souto. "As empresas querem ter uma equipe treinada e motivada quando a economia voltar a crescer".

Na área jurídica, as oportunidades para alta gestão tiveram aumento de 44%. Um dos motivos é o fato de que a área participa diretamente das reestruturações, frequentes em meio à crise. Porém, os dados também podem refletir uma tendência no mercado de direito empresarial dos últimos 5 anos: a reversão de uma onda de terceirizações nas empresas.

“As empresas perceberam que não é uma boa ideia terceirizar o cérebro jurídico, porque isso cria uma relação de dependência muito grande com os escritórios, e afasta as decisões dos objetivos de negócio”, explica Souto. “Por isso, voltaram a internalizar o departamento e contratar gestores”.

As oportunidades na indústria, por outro lado, continuam em baixa. As contratações para alta gestão tiveram queda no período analisado pelo estudo da Produtive, e as perspectivas para o próximo semestre continuam desanimadoras.

por Claudia Gasparini, deEXAME.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trabalho em equipe estimula a produtividade

Parece que fica sempre muito complicado vencer as resistências, que incluem desmotivação, falta de liderança, rotinas, desconfiança e sistematização de normas que restringem a criatividade. A c omunicação deficiente e ineficaz costuma ser o maior e mais forte dos impedimentos. Os estilos pessoais e modelos mentais diversos criam, algumas vezes, impedimentos para os bons resultados esperados pela equipe. Quando não acontece a boa comunicação, as potencialidades de cada um são empobrecidas. Com um olhar especial, essa diversidade pode ser o que garante à equipe uma visão mais rica e eficaz. É nessa diversidade que as equipes se enriquecem. Um bom líder sabe observar as diferenças e utilizar as visões para fortalecer o potencial do time. Ele utiliza cada parte em benefício do todo. Dentro de uma equipe, alguns gostam de ler, pesquisar; outros têm muitas ideias; outros preferem ir diretamente à ação; alguns planejam antes de agir enquanto outros se divertem com a experimentação. H...

O mercado de trabalho e a sociedade atual

O trabalho existe desde a antiguidade onde as pessoas trabalhavam para sobreviver, a necessidade de comer, de ter onde dormir era o que determinava a necessidade de trabalhar. Hoje em dia graças a  evolução humana e tecnológica, as características do trabalho mudou,assim como a visão do empregador e as chances de quem está a procura de um trabalho. As pessoas atualmente têm melhores e maiores chances de encontrar um bom trabalho, diferentemente de antigamente onde não existiam muitas opções. Hoje temos um mercado de trabalho altamente competitivo e que busca não somente por um funcionário e sim por pessoas que estejam realmente dispostas a aprender,a crescer e a se qualificar. A sociedade atual busca por pessoas pró-ativas, que tenham boa vontade, disponibilidade e queiram de fato um bom trabalho. Os funcionários que se sobressaem hoje no mercado de trabalho são aqueles que querem trabalhar e não apenas aqueles que precisam,quem somente precisa estaciona. Pará no tempo, se cont...

Somos a geração da exaustão: A tecnologia faz ou não trabalharmos mais?

Vivemos em uma era de avanços tecnológicos sem precedentes, onde a conectividade é onipresente. A tecnologia trouxe inúmeras facilidades e oportunidades, mas também trouxe consigo desafios significativos para a saúde mental e a qualidade de vida. O crescente uso de telas e a pressão para estar constantemente conectado têm contribuído para o surgimento de uma nova forma de esgotamento: o burnout digital. A terapeuta, gestora de carreira e CEO, Madalena Feliciano, comenta que a tecnologia, por um lado, prometeu simplificar nossas vidas e aumentar nossa produtividade. No entanto, paradoxalmente, muitos de nós nos encontramos trabalhando mais horas e enfrentando uma sobrecarga constante de informações. A linha entre trabalho e vida pessoal tornou-se cada vez mais tênue, com e-mails, mensagens e notificações invadindo nossa privacidade e tempo de descanso. O resultado desse estilo de vida superconectado é uma exaustão crônica, tanto física quanto mental. A pressão para responder instantane...