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4 grandes oradores e seu legado para líderes que falam em público

Mandela, Obama, Jobs, Luther King: o que eles têm em comum?

White House/Divulgação

Uma habilidade que sempre foi associada aos grandes líderes é a habilidade de falar em público. A julgar pelos oradores que analisaremos nesse artigo, essa associação faz todo o sentido.
Ok, eles são ou foram grandes líderes. Mas o que fez deles grandes oradores? Sem dúvida, um conjunto de técnicas. Nesse post, selecionamos apenas quatro delas, que cada um deixa como legado para líderes que precisam dominar essa habilidade.

Nelson Mandela e a Pausa

A pausa em um discurso tem a função principal de ditar o ritmo da fala, de forma que você possa intercalar frases curtas e longas e manter a audiência interessada.
Além de ajudá-lo a respirar e planejar melhor suas frases, a pausa possibilita que sua audiência respire e assimile melhor cada mensagem. Por isso, não a tema. Três segundos de pausa nunca farão parecer que você teve um “branco”. Até porque sua audiência também está processando seu próprio diálogo interno.
Observe como Nelson Mandela, em seu discurso de posse presidencial, aplica bem as pausas, não só entre as frases, mas dentro de cada frase, especialmente quando elenca adjetivos como em “...a construção de uma paz completa, justa e duradoura.”
O uso de três adjetivos também não é um acaso. Jobs e Obama também gostam de associar ideias em grupos de três, por ser um número poderoso e fácil de ser lembrado. E por falar em Obama...

Barack Obama e a Ênfase

A ênfase tema função de realçar palavras-chave, buscando trazer um sentido e deixar uma marca na mente de quem nos ouve. Mas no caso de Barack Obama, o termo “ênfase” ganha um sentido mais amplo, como poderemos perceber no discurso histórico da convenção democrata de 2004, quando o mundo passou a conhecer aquele senador que viria a ser o primeiro presidente norte-americano negro dali a 4 anos,
Obama enfatiza histórias pessoais que se conectam com as pessoas. Enfatiza palavras concretas, que evocam imagens, que nos trazem personagens: o pai, a criança, o idoso. Fala de pessoas e as situa dentro do contexto mais amplo, de País.
Nesse discurso ele lançou as bases de um estilo que ficou marcado em todos os seus outros discursos, mas que também bebe na fonte de outro grande orador, Martin Luther King, especialmente quando vemos sendo usada a técnica da repetição.

Martin Luther King e a Repetição

A repetição, combinada com a ênfase, deixa aquela que deverá ser a grande marca do discurso, a sua mensagem central. No caso de Obama, o uso repetido de “Eu acredito” no início de frases, transformou essa mensagem no slogan de sua primeira campanha presidencial.
Já Martin Luther King é comumente lembrado pelo “Eu tenho um sonho” que ele usou repetidamente no famoso discurso de 1963 no Lincoln Center. Mas essa foi uma marca registrada sua utilizada em vários discursos, como nesse abaixo, que acabou sendo ainda mais célebre por ter sido seu último: “Eu estive no topo da montanha”.
E naquela época não se usava teleprompter, o que obrigava o bom orador a praticar intensamente seu texto. Mas mesmo com tantas tecnologias, vejam só, justamente um dos grandes papas da tecnologia, Steve Jobs, rejeitava o telemprompter.

Steve Jobs e o Treino

Só com treino o apresentador consegue estar com a história na cabeça e, logo, seguro e com confiança diante da audiência. Sabendo disso, Jobs ensaiava por cera de 8 horas antes de cada uma de suas inesquecíveis apresentações de produtos.
Jobs poderia, inclusive, ter dado algumas dicas a Michael Bay, o diretor de cinema que “apagou” junto com o teleprompter em um lançamento de uma nova TV da Samsung . Não treinou, confiou excessivamente na tecnologia, se perdeu e ainda tentou se explicar depois.
O treino, para Jobs, visava lapidar, além de sua performance, o próprio roteiro de seu discurso, que ele aprimorava palavra a palavra, com o mesmo rigor que aplicava ao desenvolvimento dos produtos da Apple.
O resultado pode ser conferido nessa célebre apresentação do iPhone, em que cada pausa, ênfase e repetição, é pensada.
Mesmo quando Jobs erra, o que acontece logo no início (0:35), sua segurança é tão grande que isso não o abala e ele contorna o erro sem problema. Para muita gente, passou despercebido.
O que não deve passar despercebido é o filme baseado na biografia oficial desse grande visionário. Caso não tenha assistido, confira o trailer.
Artigo publicado originalmente no blog da Soap.
A SOAP - Fundada no Brasil em 2003, a SOAP - State of the Art Presentations é uma consultoria de comunicação especializada em soluções para apresentações corporativas. Pioneira e líder do gênero no país, sua metodologia auxilia empresas e executivos a comunicarem-se melhor em momentos decisivos.

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